Para alcançar e pegar um objeto, sua distância, sua forma e seu tamanho devem ser conhecidos. A princípio, a combinação da informação de disparidade e de movimento poderiam ser empregadas para fornecer estas informações, tal que a percepção de forma do objeto a partir da disparidade apresenta vieses particulares e a percepção de tamanho do objeto a partir do movimento é indeterminada. Aqui, investigamos se o sistema visual pode se aproveitar da presença simultânea de ambos indícios no controle do alcance e da preensão. Para objetos reais e virtuais, o pico de abertura da empunhadura escalonou-se com o tamanho do objeto e o pico de velocidade do pulso escalonou-se com a distância do objeto. Os índices cinemáticos, que refletem a distância alcançada e o tamanho percebido, mostraram vieses sistemáticos claros. Estes vieses podem ser interpretados como surgindo a partir dos vieses do uso da disparidade binocular, e da indeterminação da informação fornecida pelo movimento. Combinando a informação de disparidade e de movimento melhorou as estimativas de largura, mas não a profundidade ou distância dos objetos. De modo geral, estes resultados sugerem que a informação de profundidade métrica acurada para o controle da preensão não está disponível a partir dos indícios binocular e de movimento, seja em isolamento ou quando combinados.
To reach for and grasp an object, its distance, shape and size must be known. In principle, the combination of disparity and motion information could be used to provide this information as the perception of object shape from disparity is biased and the perception of object size from motion is indeterminate. Here we investigate whether the visual system can take advantage of the simultaneous presence of both cues in the control of reaching and grasping. For both real and virtual objects, peak grip aperture scaled with object size and peak wrist velocity scaled with object distance. Kinematic indices, which reflect distance reached and perceived size, showed clear and systematic biases. These biases may be interpreted as arising from the biases in the use of binocular disparity, and the indeterminacy of the information provided by motion. Combining disparity and motion information improved estimates of the width, but not the depth or distance of objects. Overall, these results suggest that accurate metric depth information for the control of prehension is not available from binocular or motion cues, either in isolation or in combination.